livro escada O tema da sobrevivência ao suicídio tem sido objeto de estudos acadêmicos no Brasil.

Neste e em próximas postagens divulgaremos alguns destes estudos.

O primeiro está aí abaixo em seus dados essenciais:

Sobrevivendo ao suicídio: estudo sociológico com famílias de suicidas em Curitiba

Nei Ricardo de Souza, Mestrando em Sociologia (UFPR) – nrsouza@yahoo.com
José Miguel Rasia, Professor Orientador (UFPR) – jrasia@ufpr.br

Resumo
A publicação de O Suicídio, de Durkheim, foi um marco na teoria sociológica, embora já existissem preocupações com este tema antes desta obra. Após seu surgimento outros autores se dedicaram a continuar este estudo. Via de regra uma abordagem estatística é adotada: busca-se estabelecer correlações entre a taxa de suicídios e outras variáveis sociais. Aqui o suicídio é tratado sob outro enfoque. O objeto de trabalho selecionado são os familiares de suicidas, que normalmente participam da vida da vítima e sobrevivem a ela para contar sua história. O objetivo almejado é, portanto, compreender como estes familiares reagem à perda de um parente que tirou a própria vida. Para isso emprego a entrevista não-diretiva com estes sujeitos. A partir desta coleta de dados foi possível compreender diversos aspectos das famílias onde sobrevêm casos de suicídio. O sentimento de culpa, a interação social com o suicida, as relações de poder e o papel da religião são alguns dos elementos analisados. A hipótese que norteou a pesquisa é que o discurso médico vincula o suicídio à existência de transtornos mentais e encobre outros discursos. Concluo que embora haja vários fatores que contribuem para o suicídio o discurso médico predomina e analiso possíveis razões para que isso aconteça.

Palavras-Chave: Suicídio; Sociologia da Saúde; Família.

Link para baixar os arquivos
Artigo http://www.projetocomviver.org.br/sui_fami_curit.pdf
Dissertação de mestrado http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/5872

Jeri Livingstone

Sabemos que você e sua família estão abaladas pelo ocorrido. Mas você poderá sobreviver a esta grande perda. Acredite nisso!

Desde o primeiro momento, a sua mais alta prioridade deverá ser você!
Muito embora você tenha tido forças o suficiente para suportar os embates, em face das providências tomadas, das explicações a fornecer, do acolhimento aos outros familiares, das condolências recebidas, você necessita preservar sua saúde física e mental da melhor forma possível.
Algumas sugestões:
  • Cerque-se de amigos carinhosos e prestativos, que saibam que é melhor escutar do que dar conselhos.
  • Chorar é saudável. Beba muita água e dê vazão às lágrimas – elas são o meio que a natureza tem de se livrar das toxinas acumuladas pelo estresse. Em seguida, coma uma banana para repor o potássio que você perdeu ao chorar.
  • Durma tanto quanto puder; evite álcool e remédios em excesso.
  • Se tiver de dirigir, preste atenção! Você está distraído e se esquece facilmente das coisas e por isso, quando está ao volante pode correr riscos desnecessários, como pode também expor ao perigo os motoristas que compartilham a estrada com você.
  • Se você se sentir que está sendo vencido pela tristeza e pelas lágrimas, que lhe interrompem o trabalho ou outras atividades essenciais, tente fazer isto: Diga a si próprio: “eu não consigo chorar neste exato momento, mas tentarei numa outra hora (às 19, na hora de dormir, etc.) Isto pode lhe ajudar a atravessar a parte mais difícil, já que a tristeza não pode ser ignorada, mas pode ser adiada. Mantenha o momento escolhido – às 19 horas, por exemplo – vá para seu quarto, deite-se e chore até que não consiga mais chorar. Deste modo, você exercerá controle sobre sua dor e não o contrário. É mais fácil falar que fazer, mas vale tentar.
  • Peça ajuda. Mesmo que você não se sinta pronto para uma terapia individual ou de grupo, faça os contatos iniciais… Poderá ser confortante saber os tipos de terapia disponíveis para quando você estiver pronto. Se você se dispuser a procurar um terapeuta, ache um que tenha experiência com trauma e luto. Se um terapeuta não lhe der conforto, procure outro imediatamente.
  • Sobre partilhar detalhes do ocorrido ou responder às tantas perguntas que as pessoas costumam fazer… Você pode querer contar tudo o que aconteceu ou pode não se sentir à vontade para fornecer qualquer informação. Lembre-se: a decisão de informar ou não é somente sua! Você deve escolher quando, o quanto e com quem deseja partilhá-la. Se você se sentir pronto para comunicar o fato, poderá se surpreender ao saber que muitas outras pessoas também tiveram casos de suicídio em suas famílias e farão questão de compartilhar suas dores com você.
  • Conforme aprendi com Iris Bolton, seja paciente com você! Livre-se dos porquês, da raiva, da culpa… Tudo o que você está sentindo agora é natural. Não deixe ninguém dizer-lhe como sentir ou o que fazer. O luto é algo tão individual como nossas próprias impressões digitais… Encontre seu próprio caminho!
  • Agora é hora de seguir adiante. Guarde o seu ente querido em seu coração, em sua lembrança. E busque atravessar com coragem os novos dias que virão, que certamente hão trazer novos desafios e bênçãos. Por fim, é sempre saudável tentarmos viver um dia, uma hora, um minuto de cada vez.
Texto adaptado para nossa realidade e valores.
Tradução e revisão: Abel Sidney e Tania Shepperd

Hello world!

January 6, 2010

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